
A espaçonave Terra
Neste exato momento, você, leitor, está girando em torno da Terra à velocidade aproximada de 1.666 km por hora, número obtido dividindo-se o equador, 40.000 km, pelo numero de horas de um dia, 24. Ou seja, se você voltar ao mesmo lugar amanhã, na mesma hora, terá dado um giro completo sobre a Terra. É o chamado movimento de rotação de nosso planeta.
Além do movimento acima, a Terra gira em torno do Sol à velocidade de 108.000 km por hora, e em um ano completa sua órbita elíptica em torno do nossa estrela central. Se hoje for seu aniversário, e daqui a um ano você voltar ao mesmo lugar, terá feito uma viagem de cerca de 900.000.000 km em torno do Sol.
Sem pegar filas em aeroportos, ou sentar ao lado de pessoas que querem, às custas de muito palavrório chato, que você abrace a religião delas, foi uma viagem e tanto, e que se repete a cada ano. Uma pessoa de 40 anos já deu 40 voltas em torno do Sol, percorrendo o total de 36.000.000.000 km.
As grandiosidades do universo
Nosso sistema solar, formado pelo sol e seus 8 planetas, está localizado em um dos braços da galáxia em espiral Via Láctea, que tem 100.000 anos luz de diâmetro. O ano-luz é uma medida de distância, obtido multiplicando-se a velocidade da luz, 300.000 km/s pelo número de segundos em um ano, o que dá aproximadamente 10.000.000.000.000 km.
O centro da nossa galáxia é ocupado por um buraco negro, assim chamado porque a gravidade ali é tão forte que não deixa escapar nem a luz. E é para este buraco negro, situado a 30.000 anos-luz de nós, que nosso sistema solar, conosco junto, se dirige, à velocidade de 800.000 km por hora.
Além dos movimentos descritos, a Via Láctea, por força da expansão do universo causada pelo Big-Bang primordial, se move com a velocidade de 680.000 km por hora em direção ao infinito.
Os números envolvidos são enormes, as distâncias maiores ainda, mas, em todo o universo conhecido, não se tem, até hoje, notícia do maior fenômeno conhecido, e que, por sua complicação, abrangência e exuberância, não pode nem ser definido; a vida.. E ela só existe no planeta Terra.
Estamos, neste pequeno planeta azul, acompanhados por cerca de 10.000.000 de espécies de manifestações da vida (os cientistas dizem que chegarão a 30.000.000), como cerca de quase 1.000.000 de espécies de insetos (todos os anos, cerca de 10.000 novas espécies são descobertas), entre os quais 100.000 espécies de besouros, 27.000 espécies de aranhas, etc.
A razão humana na busca pela compreensão do universo
Ao contrário desta turma toda, no entanto, só o homem tem, além da inteligência (a faculdade de manipular o universo que nos envolve), a razão humana, a faculdade de captar o universo e procurar nele um sentido para toda esta enormidade que nos cerca.
A razão humana pode ser definida como uma capacidade crítica com finalidades éticas, o que envolve os conceitos de bom e mau. Entendendo-se o bem como tudo o quem preserva, eleva, dignifica a vida, e o mal como o contrário, conclui-se que o mal não existe como entidade própria, mas sim como a mera falta do bem. Como único portador, entre todos os seres deste mundo, destas faculdades, somos, então, a tripulação desta bela espaçonave Terra, e de nossas habilidades dependem todas as formas de vida do planeta, desde as baleias até os elegantes beija-flores, desde os morcegos até os outros 7 bilhões de pessoas que são corresponsáveis pelos rumos que damos a nossa nave.
Como manifestação desta responsabilidade, Ernst Haeckel criou em 1869 o termo ECOLOGIA, deixando bem claro que, daquele momento em diante, os homens não veriam mais a natureza como um mero armazém, mas como um enorme, confortável e exuberante lar, e seus habitantes seriam nossos companheiros de viagem.
Já que somos os tripulantes, o que fazer para ajudar? Economizar água, reciclar o lixo, participar de movimentos que tenham por objetivo preservar a natureza, ajudar os jovens a ter uma relação apaixonada com ela, plantar uma árvore, exigir leis construtivas no trato ambiental, participar de debates que visem inovar leis e procedimentos, denunciar crimes ambientais, as ações possíveis são muitas. Os números gigantescos mostrados acima parecem mostrar que o universo nos ensina duas lições; o movimento incessante e a exuberância sem limites.
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