Além da paixão pelos seus habitantes, o autor mostra um profundo conhecimento da biodiversidade do Cerrado, citando em seus textos uma quantidade inacreditável de animais, pássaros, árvores e frutos típicos daquele bioma.
A diversidade deixa com inveja profissionais ligados às ciências agrárias. No reino vegetal são citadas as seguintes árvores e frutas: murici, pau-santo, embaúba, marmelinho, camboatã, braúna, açoita-cavalo, mulungu, jequitibá, pau-doce, pacari, maria-preta, tingui, gameleira, pau-d’alho, assa-peixe, tamboril, jacarandá, cambuí, paineira, cagaiteira, jenipapo, cumaru, gabiroba, etc.
A lista é espantosa, principalmente para brasileiros residentes em grandes cidades, acostumados a conviver com palmeiras-imperiais caribenhas em suas ruas, praças e jardins.
No reino animal, a lista é ainda mais rica, e os personagens de J. Guimarães Rosa convivem rotineiramente com capivaras, jararacas-verdes, sucuris, jacarés, jacaré-de-cabeça-azulada, tatus-bola, tatus-canastra, queixadas, cágados, onças, onças-pardas, iraras, tamanduás, jararacuçu, caxinguelês, lobos-guará. O elenco de pássaros é também enorme: aparecem socós, socós-boi, saracuras, nhambus, garças-rosa, urutaus, guaxos, frangos-d’agua, garrixas, juritis, pássaros-preto, bem-te-vis, sabiás-pardos, almas-de-gato, patos-bravos, irerês, marrecos de gravata, tiês-pitanga, suindaras, jacus, codornas, perdizes, patativos-borrageiros, pica-paus-de-cabeça-vermelha, gaturanos, tico-ticos, etc.