João Guimarães Rosa, autor de “O Grande Sertão Veredas” cita o Buriti (Mauricia Flexuosa) 36 vezes naquela obra, tida como um dos maiores cem romances já escritos no mundo inteiro.
Milhões de pessoas vivem no Nordeste extraindo cera das folhas da Carnaúba. Na Bahia, milhares de pessoas na faixa litorânea do estado coletam e vendem a fibra da Piaçava, usada na confecção de vassouras, escovas e afins. Na Amazônia, o Açaí e a Pupunha saciam a fome dos amazônidas com seus frutos copiosos. No Maranhão, mais de 300 mil pessoas vivem das coletas dos cocos do Babaçu.
Infelizmente, estas plantas tão importantes a milhões de brasileiros, apesar de sua beleza, são pouco conhecidas pelos paisagistas e administradores públicos nacionais, sendo, como conseqüência, pouco conhecidas pelos brasileiros em geral. Assim, vemos dendês africanos, palmeiras imperiais colombianas, seafortias australianas, arecas africanas e outras palmeiras alienígenas plantadas ad nauseam em ruas e praças das cidades brasileiras, em prejuízo das palmeiras ligadas à cultura e à vida econômica brasileiras.
O Sítio Pindorama se propõe, assim, a sanar esta lacuna e tornar conhecidas as palmeiras brasileiras, através de sua observação direta, de explicações sobre sua importância para a subsistência de milhões de brasileiros, e o seu valor para a ecologia, principalmente a fauna das suas regiões de origem.